Capítulo 23

QUEM PERDE DINHEIRO COM TUDO ISTO ?


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"Um café, um cigarro, um trago / Tudo isso não é vício / São companheiros da solidão / Mas isso só foi no início / Hoje em dia somos todos escravos / Mas, quem é que vai pagar por isso? Quem é que vai pagar por isso? / Quem é que vai pagar por isso? / Quem é que vai pagar por isso?"

Trecho da música Revanche, de Lobão e Bernardo Vilhena, 1986.

 


O primeiro a perder dinheiro é o fumante, pois, até que ele gastasse o dele, estava todo mundo ganhando.

Vamos usar o preço médio entre os cigarros vendidos no Brasil : US$ 1,50 ( 1,5 dólar) = 1 maço de cigarros. Continuamos pela média de consumo, que costuma ser de 1 maço de cigarros fumado por dia. Portanto, a média dos fumantes gasta US$ 1,50 por dia, pra manter a sua necessidade de nicotina. Lá se vão 45 dólares mensais ou 540 dólares anuais.

Estes números podem até parecer pequenos, para quem venha de uma família brasileira de classe alta, mas podemos compará-los com outros, como os do salário mínimo vigente no Brasil de hoje, que é de 265 dólares mensais ( duzentos e sessenta reais). Um trabalhador que receba 1 "salário", gastará um sexto dele para conseguir manter sua taxa de nicotina em dia ( 265 dólares / 45 dólares = 5,9 ). Este trabalhador, quase que cruelmente, está tão distante das informações sobre os males do cigarro quanto de um padrão de vida digno (valores de março de 2008).

Aqui, faço uma pausa para voltar ao "down trading". Nos momentos de crise econômica os viciados tendem a passar para marcas mais baratas que tem mistura de fumos ainda mais prejudiciais à saúde, são os chamados destronca peitos. Nos países de terceiro mundo como o nosso, o down trading é constante.

Voltando aos gastos do fumante, por exemplo, para um adolescente classe média, um ano e meio de cigarros podem equivaler a uma viagem aos Estados Unidos ou à Europa (em classe econômica, bem entendido), o que poderia lhe proporcionar um grande ganho cultural. Um casal de namorados adolescentes poderia comprar um computador com facilidade, com um ano economizando o que gastaria em cigarros. Isto, sem contar os fósforos... No entanto, o que vemos muitos fazerem é doarem este dinheiro para o sistema-tabagismo que o engole sem qualquer cerimônia, dia após dia, já que a taxa de nicotina no sangue precisa ser mantida.

As famílias, em geral, se descapitalizam muito, para usar um termo comum aos economistas. Uma internação simples em qualquer casa de saúde, nos dias de hoje, está custando os olhos da cara. Até uma simples nebulização pode custar um preço que um trabalhador comum não consegue pagar. O que dizer de uma internação que requer o uso de oxigênio puro, comum nos casos das doenças respiratórias. O preço de 1 minuto de oxigênio nasal vocês não podem imaginar. Muitas vezes, um paciente enfisematoso permanece dias sob oxigênio nasal. Colhendo informações com um médico amigo, Pierre de Gruttola, que administra uma grande casa de saúde da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, sou informado do custo do oxigênio nasal por dia: 120 dólares. Vejam bem, apenas em oxigênio, um dia internado custa mais do que o valor do salário mínimo vigente no país. No início de agosto de 97, eu e uma colega de trabalho, a dra. Marisa Laboissiere, fomos visitar o serviço de Pneumologia da Universidade de Campinas (UNICAMP), especificamente para conhecermos um programa que existe lá, coordenado pela médica e professora Ilma Paschoal que, há uns seis anos, fazia algo de forma pioneira no Brasil, que tem o pomposo nome de OXIGENIOTERAPIA PROLONGADA DOMICILIAR. Isto pode ser traduzido da seguinte forma: uma equipe de profissionais (médicos, assistentes sociais, enfermeiras, nutricionistas e psicólogos) mantém os pacientes com doenças que provocam falta de ar, em casa, portanto, longe dos leitos de hospitais, com oxigênio fornecido por aparelhos ( "balas" ou concentradores de oxigênio ). Eles comprovaram que com o fornecimento do oxigênio em casa, diminuiu muito a necessidade de internações, em geral caríssimas. Acontece que, mesmo usando-se o concentrador de oxigênio, a forma mais barata de oferecê-lo, isto ainda custa 200 dólares por mês (o aluguel do aparelho).

Equipamentos de Oxigênio para tratamentos: Concentrador, Oxigênio líquido e Cilindros ( "balas")

É claro que vocês não tem idéia do custo de uma cirurgia cardíaca ou de um dia em uma unidade coronariana (para se recuperar de um infarto do coração). Aliás, nem eu mesmo tenho estes números de cabeça.

Estes gastos com tratamento de saúde são pagos pelas próprias famílias, pelos seguros saúde ou pela nossa previdência social. A maior fatia do bolo acaba com a previdência social, já que a maioria das famílias brasileiras não tem como pagar um seguro saúde, e o que dirá arcar com custos hospitalares. Nos anos 90, apenas 25% da população brasileira tinha acesso aos chamados "seguro saúde" ou "convênios" (aliás, não existe nada para segurar melhor a saúde de alguém do que não começar a fumar). Cento e trinta milhões de brasileiros não têm acesso à medicina privada. Nos EUA, 43 milhões de americanos ou residentes não têm seguro-saúde (15% da população). Enquanto isto, as indústrias do fumo, muito preocupadas (pois, quando um doente fica inválido pra viver normalmente, em geral acaba parando de fumar), sempre tentam colocar a nova geração que chega, para cobrir as perdas. Esta geração agora são vocês!?! Portanto, abram os olhos bem abertos, pois, os anzóis estão na água para fisgá-los em quantidade.

No Brasil, segundo uma pesquisa nacional pioneira realizada pela economista Márcia Pinto, da Fundação Oswaldo Cruz, divulgada em 2008, o cigarro provoca um prejuízo anual apenas ao serviço público de saúde brasileiro de pelo menos 338 milhões de reais, i.e., quase 8% do custo de todas as internações no país.

Um estudo detalhado neste sentido, feito nos Estados Unidos, mostra que a economia americana tem um gasto de US $ 150 bilhões ( cento e cinquenta bilhões de dólares), entre os cuidados com a saúde ligado às doenças tabágicas e à perda de produtividade nas empresas. Quer dizer, já chegaram aos números do ganho, como vimos no capítulo anterior, que era de US $ 46,7 bilhões e, aos números dos gastos, US $ 150 bilhões. Acontece que nos gastos, as indústrias participam com menos ( sementes, publicidade, campanhas de políticos, etc.).

De uma forma geral, considera-se que a relação seja sempre de 1 para 1,5, isto é, os governos (as sociedades) arrecadam 1 dólar e gastam 1 dólar e meio. Há estudos mais recentes, entretanto, que dizem que a relação já é de 1 para 5. Muito interessante esta conta, vocês não acham? O Banco Mundial estima que o custo do tabagismo no mundo seja maior do que 200 bilhões de dólares. Vejam este estudo da ONG americana Tobacco Free Kids: link.

Esta evidência de que os governos acabam, a longo prazo, gastando mais do que arrecadam com o vício das pessoas em nicotina, parece ainda não estar sendo devidamente avaliado pelas nossas autoridades tupiniquins. Outro dia, li, pasmo, uma notícia no Jornal do Brasil, publicada em dois dias seguidos (18 e 19 de setembro/97): Uma grande companhia de cigarros brasileira fora condecorada com o Prêmio Mauá, concedido às empresas que "melhor se relacionam com os acionistas e com os profissionais do mercado financeiro". Duas coisas me chamaram a atenção nestas matérias do jornal, primeiramente pelo fato deste evento contar com apresença de um ministro de estado ( então, da Indústria e do Comércio ), o Sr. Francisco Dornelles, que lembrou que a companhia Souza Cruz "era um dos cinco maiores grupos do país". Por outro lado me causou espanto esta premiação e toda a repercussão promovida pelo Jornal do Brasil, uma vez que o Ministro da Saúde da época, o Sr. Carlos Albuquerque, havia estado no Rio de Janeiro, em 29 de Agosto de 1997 (Dia Nacional do Combate ao Fumo), portanto, apenas 3 semanas antes, junto com todos os Secretários Estaduais de Saúde do país, se comprometendo a engajar-se e a todo o governo federal, na luta contra o mal que esta adicção nicotínica provoca. No dia seguinte ao pronunciamento do representante da saúde, peguei o Jornal do Brasil e não havia nenhuma linha a respeito do evento. Evento este, que considerei da maior importância. Foi uma coisa muito esquizofrênica, como se eu tivesse tomado suco de siri com Toddy, dava vontade de sair balançando os braços e cantar: "Ah! Eu tô maluco!, Ah! Eu tô maluco!, Ah! Eu tô maluco!, Ah! Eu tô maluco!, Ah! Eu tô maluco!, Ah! Eu tô maluco!, Ah! Eu tô maluco!, Ah! Eu tô maluco!, Ah! Eu tô maluco!,":

O ministro da saúde dizia que ia lutar contra um mal do tabagismo e suas doenças e o ministro da indústria e comércio, na mesma semana, participava da entrega de um prêmio a indústria brasileira que mais provoca este mesmo mal.

Jornal do Brasil, 19 / 09 / 1997

A maior empresa de tabaco do Brasil recebe um prêmio, das mãos de um então ministro de estado brasileiro, Francisco Dornelles, na mesma época em que outro ministro de estado brasileiro dizia que o governo iria lutar contra o tabaco, aquele que provoca a maior epidemia de doenças evitáveis do mundo.

As coisas são simples de entender, mas nós é que devemos ser totalmente estúpidos...

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Acordo espúrio

Em outubro de 2004, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, apesar de estar apoiando o Projeto Fumo Zero, que visa banir o fumo do estado brasileiro que mais o produz e contribuir para que as doenças por ele provocadas também possam ser controladas, recebe o presidente mundial da segunda maior indústria tabageira _ British American Tobacco (BAT)_ para a confirmação de diversos acordos comerciais. De tudo o que sair destes acordos, parcerias e projetos conjuntos, meus caros adolescentes, tenham a certeza de que, no frigir dos ovos, a prejudicada maior será a população, aquela mesma que elegeu o referido governador. O Rio Grande do Sul, se vocês não sabem, JÁ é o estado brasileiro que mais tem CÂNCER DE PULMÃO!!!!!! Agora, com mais esta contribuição da BAT, poderemos almejar esta disputa com estados de outras nações...

Um alienígena evoluído ficaria doidão das idéias, se passasse por aqui...

Na nave mãe, a administração do ex-Presidente dos EUA, Bill Clinton, botou para quebrar por lá. Aumentou em 400% os impostos sobre os cigarros, destinando o que ganha para os programas de saúde americanos (alem disto, com a elevação do preço, aumenta o número dos que param de fumar). No mes de Agosto de 96, o ex-Presidente Clinton reconheceu a determinação da FDA (Food and Drugs Administration - orgão americano que fiscaliza alimentos e medicamentos nos EUA), que aponta a Nicotina como substância provocadora de dependência química, o que deverá acelerar as mudanças nos hábitos tabágicos em todo o mundo. Já a administração Bush, em relação ao tabaco...

Apesar de ter sido a maior liderança mundial a ter clara e persistente atitude anti-indústrias do tabaco, o ex-presidente americano, Bill Clinton, ainda não tinha livrado-se da adicção à nicotina. Precisou colocar 4 pontes de safenas substituindo  as coronárias entupidas, em setembro de 2004, para que caísse na real.

Empenho semelhante vem tendo o Primeiro-ministro da Inglaterra, Tony Blair, apesar de sua imagem ter sido recentemente maculada, após haver estourado um escândalo, no início de Novembro de 97, envolvendo-o e ao Partido Trabalhista, pelo fato do seu partido haver recebido US$ 1,6 milhão de dólares do Bernie Ecclestone (presidente da Associação dos Construtores da Fórmula I - FOCA) para a campanha eleitoral e, pouco tempo depois ter revisto a lei que proibia a publicidade de cigarros nas competições de Fórmula I.

Um personagem que entrou para a história da luta contra as mentiras da indústria tabageira em 1995, chama-se Jeffrey Wigand. Este americano de Nova York era um dos vice-presidentes de uma destas fábricas e, após desligar-se (ou ser desligado) de suas atividades, denunciou ao mundo, o que o mundo já estava cansado de saber: a fumaça do cigarro contém substância que provoca dependência. Fato este que, até então, era veementemente negado pelas grandes indústrias do ramo. A partir deste momento, alguém do altíssimo escalão assumia que os produtores de cigarros sabiam o que estavam fazendo e, do risco a que estavam expondo os que consumissem os seus produtos. Cresceram de forma impressionante, depois destes acontecimentos, o número de estados americanos a entrar na justiça com ações contra os fabricantes de cigarros, visando receber indenizações pelos gastos provocados pelo vício que eles cultivaram. Em meados de Março de 1997, justamente para aliviar-se do peso destas indenizações milionárias, uma destas gigantes, a companhia Liggett, reconheceu que tinha conhecimento de que o cigarro causaria dependência e que causaria câncer. Além disto, confessava que realizara campanha para menores de 18 anos entrarem no vício, o que é totalmente proibido nos Estados Unidos. Agora, portanto, não se trata de um ex-funcionário demitido (Wigand) a fazer estas revelações, é uma indústria ( e, de peso). É claro, que isto não deixa de ser uma hipocrisia, uma vez que toda a ciência médica sabe, há mais de meio século, que as substâncias da fumaça do cigarro provocam dependência física e podem provocar, entre outras coisas, uma série de cânceres, sendo o mais relevante o de pulmão. No entanto, os que lutam contra o tabagismo, por acreditarem que esta doença gravíssima é evitável, devem com certeza comemorar e muito estes fatos recentes. Com a enxurrada de processos que as indústrias começarão a receber, talvez elas próprias, sentindo doer no bolso, passem a se tornar as maiores incentivadoras dos grupos anti-tabagismo, buscando auxílio para exterminar o monstro que elas ajudaram a crescer e ficar forte. Torço para que os governos dos países terceiro-mundistas coloquem rapidamente as suas inteligências em ação, fomentando atividades urgentes para que seus lavradores iniciem novas lavouras, que não de tabaco, em suas propriedades rurais.

Vocês, adolescentes, estão agora no olho do furacão. Estão tendo a oportunidade de viver o momento de maior discussão deste assunto nos últimos quinhentos anos. Seus pais, seus professores e seus médicos não tiveram a oportunidade de receber estas informações. Peço que aguardem um pouco o desenrolar destes processos, discutam bastante estas últimas novidades. Todo o esforço que faço em insistir para vocês não cairem nessa, pode ser em vão, se vocês não pararem um pouquinho pra raciocinar, pra sentir, pra analisar, em que roubada vocês podem estar entrando ao decidirem acender os primeiros cigarros...

Editoria de Arte, Jornal O Globo, 01/jun/2005

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Pesquisa do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea)

Um país que ainda tem este perfil social deve lançar mão de toda a sua inteligência para afastar-se do Tabagismo. Está comprovado que o tabaco leva a mais pobreza ainda.

Frase ouvida em Brasília, vinda de uma professora:

"A cada dia, é maior o número dos que não dormem, por medo dos que não comem".

O tema da campanha anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), para o dia mundial sem fumo de 2004, foi justamente o que nos motivou a escrever este capítulo há dez anos _ a relação entre o tabagismo e a pobreza. Uma das outras agências da Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial, há mais de uma década vem batendo nesta tecla: o cultivo e consumo de tabaco traz pobreza para os países e as famílias.

Os cálculos já realizados dão conta de um gasto global de 200 bilhões de dólares por ano no mundo por causa do custo-tabaco, sendo um terço disto gasto nos países em desenvolvimento. Países estes que já convivem com dificuldades econômicas na maioria dos casos.

 

Crianças perdem a infância em lavouras de tabaco

Vários estudos mostram que quão pobre seja uma pessoa e quão menos anos de estudo tiver, maior a chance de ser fumante e maior será a sua dificuldade de abandonar o fumo quando e se assim o desejar. O custo do fumo, portanto, para as famílias mais pobres, é muito maior. Certamente, alimentos estarão sendo substituídos pelo mortal tabaco.

O Tabaco e a Pobreza _ Um círculo vicioso

fonte Banco Mundial

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Gráfico sobre a situação em uma cidade da Índia, perfeitamente reproduzível na maioria dos países em desenvolvimento: O FUMO É MAIS COMUM ENTRE OS MENOS EDUCADOS

Anos de escola Prevalência de fumantes
Iletrados 64% de fumantes
Menos de 6 anos de escola 58% de fumantes
Entre 6 e 12 anos de escola 42% de fumantes
Mais de 12 anos de escola 21% de fumantes

Portanto, nada mais claro para entender-se o porquê das indústrias estarem direcionando as suas maldades para os países em desenvolvimento, do que o estudo indiano acima. Quanto mais ignorância reinar, maior o número de consumidores de tabaco...

Realizamos anualmente uma pesquisa para saber o que daria para comprar por mês nos supermercados, com o valor gasto para adquirir 1 maço de Derby por dia. Usamos esta marca por ser o cigarro mais vendido no Brasil. Vale assinalar que o consumo médio diário de cigarros pelos brasileiros fumantes varia  é de 20 a 30.

              

Supermercados Guanabara, loja da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, 04 / 05 / 2014

Pesquisa realizada pelo Centro de Apoio ao Tabagista

Cigarro DERBY

1maço = 20 cigarros

R$ 5,75

R$ 5,75 x 31 dias de maio =

R$ 178,25

Produto Marca Quantidade Valor total
Arroz Ouro Nobre 5 Kg R$ 9,95
Feijão preto Máximo 1 Kg R$ 3,99
Feijão carioca Máximo 1Kg R$ 3,69
Óleo de soja Leve 900 ml R$ 3,59
Canjiquinha Granfino 500 gr R$ 0,99
Milho de pipoca Hiraki 500 gr R$ 2,89
Fubá de milho Granfino 1 Kg R$ 1,69
Farinha de Mandioca Granfino 1 Kg R$ 3,69
Farinha de Trigo Boa Sorte 1 Kg R$ 2,77
Canjica Combrasil 500 gr R$ 2,09
Lentilha Granfino 500 gr R$ 3,68
Sal Lebre 1 Kg R$ 1,46
Café Bom Dia 500 gr R$ 5,98
Açúcar Guarani 1 Kg R$ 2,36
Pasta de dente Colgate Tripla Ação 1 tubo R$ 1,19
Aveia Quacker 200 gr R$ 2,39
Fermento Royal 100 gr R$ 2,15
Macarrão Espaguete Nosso Lar 1 Kg R$ 2,99
Ervilha em grão Máximo 500 gr R$ 3,99
Gelatina Sol 1 cx R$ 0,75
Pó para pudim Royal 1 pct R$ 1,75
Azeite Extra Virgem Olive 500 ml R$ 7,99
Maionese Liza 500 ml R$ 2,99
Amido de Milho Maizena 500 gr R$ 5,59
Farinha de rosca Guanabara 500 gr R$ 2,75
Leite em pó integral Elegê 400 gr R$ 6,79
Biscoito Cream Craker Triunfo 200 gr R$ 1,45
Biscoito leite Mabel 400 gr R$ 3,35
Biscoito Maizena Piraquê 200 gr R$ 2,75
Pão de forma Nosso Pão 1 pacote 450 gr R$ 2,99
Manteiga Original de Minas 200 gr R$ 2,89
Ovos Qualieggs 6 unidades R$ 2,25
Filtro de café de papel 102 Pimpinella 40 unidades R$ 2,09
Sardinha em lata Pescador 1 lt 125 gr R$ 2,19
Milho verde Olé 1 vidro R$ 1,59
Ervilha olé 1 vidro R$ 1,59
Leite de Coco Kicoco 1 vidro 200 ml R$ 1,40
Vinagre de maçã Peixe 500 ml R$ 2,76
Molho de tomate temperado Olé 1 saché 340 ml R$ 1,19
Catchup tradelli 400 gr R$ 2,78
Cereais em flocos Neston 1 lata R$ 2,99
Leite em pó Aurora 400 gr R$ 7,89
Pasta de dente Colgate Tripla Ação 1 tubo R$ 1,19
Pêssego em calda Paladar 450 gr R$ 5,25
Leite Condensado Glória 395 gr R$ 3,09
Creme de leite Nestlé 200 gr R$ 1,99
Tempero completo Castello 1 copo R$ 1,62
Molho de Pimenta Apanajé 150 ml R$ 1,52
Papel higiênico Bob 4 rolos R$ 2,89
Papel toalha Dualette 2 rolos R$ 2,99
Pasta de dente Colgate Tripla Ação 1 tubo R$ 1,19
Sabonete Francis 3 unidades 90 gr R$ 2,25
Condicionador Neutrox 1 frasco R$ 2,72
Shampoo Monange 350 ml R$ 5,29
Desodorante roll Gillette 50 ml R$ 4,99
Amaciante de roupa Baby Soft 2 lt R$ 3,99
 Esponja de aço Bom Bril 1 pacote R$ 1,52
Limpador Veja 500 ml R$ 3,19
Água sanitária Super Globo 1 lt R$ 3,25
Sabão em pó Ariel 1 Kg R$ 4,99
Detergente lava-louças Bio Brilho 500 ml R$ 0,99
Total (60 itens) - - R$ 178,15

O benefício médio do Programa Bolsa Família, o de maior visibilidade do Governo Federal, a partir de 1o. de junho de 2014 é de: R$ 167,00. Portanto, menos do que o recurso dispensado por um(a) fumante ao fumar 1 maço do cigarro mais barato do país por dia.


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Fica claro, ou não, o porquê da Organização Mundial da Saúde correlacionar o tabaco com a pobreza?

O Fome Zero poderia se juntar ao Fumo Zero...

fumozeronobrasil.jpg (24215 bytes)  +  Fome Zero !?!?!?


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