Les bars-tabac, cafés-restaurants et casinos disposeront d'un an supplémentaire pour s'adapter

O tabaco banido dos locais públicos em 1 de fevereiro de 2007

LE MONDE | 09.10.06 | 14h10  •  Mis à jour le 09.10.06 | 14h10


O governo francês decidiu: a partir de 1 de fevereiro de 2007, será proibido fumar em todos os locais públicos, empresas e repartições. O primeiro-ministro, Dominique de Villepin, anunciou, no domingo, 8 de outubro, durante a transmissão do programa “O Grande Júri RTL-LCI-Le Figaro”, precisando que esta medida, que será adotada por decreto, respondia “a um imperativo de saúde pública que se impõe a todos”.

O ministro Villepin qualificou como “uma realidade inaceitável” as 60.000 mortes por ano diretamente imputáveis ao cigarro e as 5.000 devidas ao tabagismo passivo, ou seja, “em média treze por dia”. Um “prazo para adaptação” de um ano será acordado aos bares-tabaco, restaurantes, discotecas e cassinos, que terão até 1 de janeiro de 2008 para se conformarem à futura regulamentação.

O governo não seguiu totalmente as recomendações da missão parlamentar de informação sobre o tabaco, que, em 4 de outubro, preconizava um prazo único de entrada em vigor fixado em 1 de setembro de 2007. “É difícil aguardar, os Franceses estão prontos”, argumentou o primeiro-ministro, que estimou que para os bares-tabaco, hotéis, restaurantes, cassinos..., o prazo de um ano era “suficiente”.

A partir de 1 de fevereiro de 2007, o cigarro será portanto banido de todas as repartições assim como do interior das estabelecimentos escolares (escolas, colégios e liceus). Será proibido fumar durante os recreios e não haverá exceção em sala de professores. As universidades se tornarão assim espaços para não fumantes, com uma tolerância para áreas ao ar livre dos campus.

O mesmo regime será aplicado para as unidades de saúde, hospitais psiquiátricos e prisões: será possível fumar nos espaços exteriores, mas não nas áreas comuns, como as salas de televisão.

Em contra-partida, o cigarro será autorizado nos quartos e celas, assimilados como sendo “substitutos do domicílio”. Em todos estes locais públicos, não será possível arranjar-se “áreas reservadas para fumantes” (fumódromos), que não serão autorizadas senão às empresas assim como ao comércio que se beneficiam do prazo de entrada em vigor da reforma.

O governo tendo escolhido a via da regulamentação e não a de uma nova lei, o quadro jurídico adotado permanece aquele da lei Evin, que impõe, desde 1991, o princípio de uma proibição de fumar em locais públicos com a possibilidade de criação de fumódromos.

A mudança reside na adoção de um novo decreto de aplicação, que surgirá em novembro, que definirá o perímetro e a natureza das novas “áreas reservadas para fumantes”. Elas deverão ser hermeticamente fechadas e dotadas de um sistema de ventilação e de extração da fumaça. “Não haverá qualquer fraqueza no que concerne a definição das áreas de fumantes, onde as normas serão muito estritas, precisou ao jornal Le Monde o ministro da saúde, Xavier Bertrand. Eu lembro que permitir a instalação destas áreas, não é certamente encorajá-las.

A partir da entrada em vigor da regulamentação, as fiscalizações deverão ser efetuadas, cada contravenção individual sujeita-se a uma multa de 75 euros e de 150 euros para os responsáveis pelos estabelecimentos.

O Estado disponibilizará 100 milhões de euros para ajudar os fumantes a abandonarem o tabaco: os substitutos nicotínicos (gomas e adesivos) serão bancados em um terço pelo seguro-saúde e o número de consultas de tabacologia dos hospitais, hoje em torno de 500, será duplicado.

Cecile Prieur

  

 Les bars-tabac, cafés-restaurants et casinos disposeront d'un an supplémentaire pour s'adapter

Le tabac banni des lieux publics le 1er février 2007

LE MONDE | 09.10.06 | 14h10  •  Mis à jour le 09.10.06 | 14h10

 Le gouvernement a tranché : à partir du 1er février 2007, il sera interdit de fumer dans tous les lieux publics, entreprises et administrations. Le premier ministre, Dominique de Villepin, l'a annoncé, dimanche 8 octobre, lors de l'émission "Le Grand jury RTL-LCI-Le Figaro", en précisant que cette mesure, qui sera adoptée par décret, répondait "à un impératif de santé publique qui s'impose à tous".

M. de Villepin a qualifié de "réalité inacceptable" les 60 000 morts par an directement imputables à la cigarette et les 5 000 dues au tabagisme passif, soit "en moyenne treize par jour". Un "délai d'adaptation" d'un an sera toutefois accordé aux bars-tabac, restaurants, discothèques et casinos, qui auront jusqu'au 1er janvier 2008 pour se conformer à la future réglementation.

Le gouvernement n'a pas totalement suivi les recommandations de la mission parlementaire d'information sur le tabac, qui, le 4 octobre, préconisait un délai unique d'entrée en vigueur fixé au 1er septembre 2007. "Il est difficile d'attendre, les Français sont prêts", a argumenté le premier ministre, qui a estimé que pour les bars-tabac, hotels-restaurants, casinos..., le délai d'une année était "suffisant".

Dès le 1er février 2007, la cigarette sera donc bannie de toutes les administrations ainsi que dans l'enceinte des établissements scolaires (écoles, collèges et lycées). Il sera interdit de fumer dans les cours de récréation et il n'y aura pas d'exception en salle des professeurs. Les universités deviendront aussi des espaces non fumeurs, avec une tolérance sur les espaces extérieurs des campus.

Même régime pour les établissements de santé, hôpitaux psychiatriques et prisons : il sera possible de fumer dans les espaces extérieurs mais plus dans les espaces communs, comme les salles de télévision.

En revanche, la cigarette sera autorisée dans les chambres et les cellules, assimilées en droit à des "substituts de domicile". Dans tous ces lieux publics, il ne sera pas possible d'aménager des "pièces fumeurs réservées" (fumoirs), qui ne seront autorisées qu'aux entreprises ainsi qu'aux commerces bénéficiant du délai d'entrée en vigueur de la réforme.

Le gouvernement ayant choisi la voie réglementaire plutôt qu'une nouvelle loi, le cadre juridique adopté reste celui de la loi Evin, qui avait posé, dès 1991, le principe d'une interdiction de fumer dans les lieux publics avec possibilité d'aménager des espaces fumeurs.

Le changement réside dans l'adoption d'un nouveau décret d'application, à paraître à la mi-novembre, qui définira le périmètre et la nature des nouvelles "pièces fumeurs réservées". Elles devront être hermétiquement closes et dotées de système de ventilation et d'extraction de fumée. "Il n'y aura aucun flou concernant la définition des espaces fumeurs, dont les normes seront très strictes, a précisé au Monde le ministre de la santé, Xavier Bertrand. Je rappelle que permettre leur installation ce n'est certainement pas les encourager."

Dès l'entrée en vigueur de la réglementation, des contrôles devraient être effectués sur le territoire, chaque contrevenant particulier encourant une amende de 75 euros, portée à 150 euros pour les responsables des établissements.

L'Etat débloquera également 100 millions d'euros pour aider les fumeurs à l'arrêt du tabac : les substituts nicotiniques (gommes, timbres) seront pris en charge au tiers par l'assurance-maladie et le nombre de consultations de tabacologie des hôpitaux, d'environ 500 aujourd'hui, sera doublé.

 Cécile Prieur

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